O CHORUME é uma substância (líquido) resultante do processo de putrefação (apodrecimento) de matérias orgânicas. Esse líquido é muito encontrado em lixões e aterros sanitários. É viscoso e possui um cheiro muito forte e desagradável. Com estas características, este produto tem alto poder de poluir a água e o solo, além de causar doenças, sendo difícil prever seus resultados. Desta forma, todos os seres que compõem a cadeia alimentar podem ser comprometidos em consequência da sua ação. Por liberar metano e gás carbônico, a poluição do ar torna-se, também, inevitável.
O grupo foi ate o local, aonde esta sendo localizado o chorume, a muito tempo, e esta a céu aberto, com odores fortes, e na beira da estrada aonde passa muitas pessoas e animais. o chorume antes estava passando pela estrada aonde passava os carros e pessoas, que atingia uma mina de água, que atualmente não esta cheia, e também atinge uma lagoa que fica bem próxima ao lixão. E contamina as pessoas da região e também os animais, cavalos, pássaros e cachorros.
Local da pesquisa lixão do Coxipó.
Alunos: Alexandre , Pedro Henrique, Mauricio Oliveira, Diego Denner, Theufanne.
Projeto que iniciou no ano de 2007,sendo inaugurado em 2009 nasceu com o propósito de ocupar uma área abandonada no entorno das lagoas."Esse espaço era na verdade um grandedepósito de lixo, retiramos daqui cerca de 2 mil toneladas de lixo orgânico e entulho", relata a Célia Mazzer, engenheira civil da Geosolo, empresa responsável pela execução da obra.
A população do GrandeCPA adquiriu um complexo ambiental construído no entorno da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do CPA III, que recebe e tratar todos os dejetos coletados no local. O projeto custou R$ 2,1 milhões que vieram do Ministério do Turismo (por meio de emenda parlamentar) e com contrapartida de 10% do município. Além de se transformar num espaço multiuso, as três lagoas que antes eram apenas locaisde captação de esgoto, agora têm capacidade para tratar os dejetos, que serão lançados de forma ambientalmente correta no Córrego Caju e posteriormente no Rio Cuiabá. A ETE atende uma população de 50 mil habitantes e tem capacidade para receber até 104 litros porsegundo.
No mesmo espaço foi implantado também o Centro de Reutilização do Reuso da Água(CRRA), um projeto inédito que inclui medidas de otimização do sistema, reutilização do efluente final para irrigação dos canteiros e limpeza do local, piscicultura e ações de educação ambiental junto à população local.
Muito
se ouve falar sobre o mal que os efluentes líquidos sem tratamento ao serem lançados
no meio ambiente podem causar a saúde pública, para entender melhor o caso, visitamos o
Bairro Santa Isabel, localizado na cidade de Cuiabá-MT e conseguimos
identificar alguns desses problemas através de entrevistas realizadas com os
moradores da região.
Foram
entrevistadas três famílias e seguem abaixo as
entrevistas detalhadas
A
primeira entrevistada Sra. Vanilda que
mora na região a cerca de 1 ano com o marido e quatro filhos, todos crianças, relatou que devido ao convívio com o mal cheiro, insetos , mato,
etc, observou que as crianças passaram a adoecer com mais freqüência. A água
utilizada pela família é tratada, porém, como se trata de abastecimento público, sempre ocorrem falhas e com isso, a falta de água . Segundo a entrevistada nenhuma das
residências próximas ao local possui fossa séptica, sendo assim todos efluente escoa diretamente para o rio Cuiabá, relatou ainda que no período das chuvas o local alaga e
não é possível a chegada de meio de transporte, e que
apesar de todos os problemas nunca recebeu visitas de nenhuma equipe da
prefeitura para averiguar e resolver .
A Sra.
Maria da Conceição que mora na região a mais de dez anos relatou que o mal cheiro
é constante e que o esgoto público piorou um pouco mais depois do desvio de outra
estação de efluentes sem tratamento. Conforme mostra o vídeo abaixo.
O
pior de todos os casos encontrados foi o da Sra. Ana, que mora com o seu esposo
a mais de 20 anos. O esgoto esta localizado nos fundos de sua casa ,e o
convívio com o local e seus problemas vem causando grandes problemas de saúde.
Conforme vídeo abaixo.
De acordo com BRAGA Benedito(2007, p.19) [...] Esgoto é o termo usado para
caracterizar os despejos provenientes dos diversos usos da água, como o
doméstico, o comercial, o industrial e o agrícola, entre outros. O doméstico representa
parcela muito significativa dos chamados esgotos sanitários e provêm,
principalmente, de residências e edificações públicas e comerciais. Apesar de
variarem em função dos costumes e condições socioeconômicas das populações, os
esgotos domésticos têm
características bem definidas, resultantes do uso da água pelo homem em função
dos seus hábitos higiênicos e de suas necessidades fisiológicas.
Os
efluentes líquidos não tratados, quando lançados no ambiente, podem comprometer
gravemente a saúde pública. A água poluída provoca doenças como cólera,
disenteria, meningite, amebíase e hepatites A e B, epidemias de febre tifoide e
inúmeroscasos de verminoses, algumas
das doenças que podem ser transmitidas pela disposição inadequada dos esgotos são
responsáveis por elevados índices de mortalidade de países em desenvolvimento.
O
lançamento de efluentes líquidos não tratados, provenientes das indústrias e
esgotos sanitários, em rios, lagos e córregos provocam um sério desequilíbrio
no ecossistema aquático. O esgoto doméstico, por exemplo, consome oxigênio em
seu processo de s decomposição, causando a mortalidade de peixes. Os nutrientes
(fósforo e nitrogênio) presentes nesses despejos, quando em altas
concentrações, ainda causam a proliferação excessiva de algas, o que também
desequilibra o ecossistema local.
Apesar
do abandono público, existe uma maneira de amenizar o problema, a instalação se
fossas sépticas individuais diminuiria consideravelmente a liberação desses
efluentes e os impactos causados por eles.
O Córrego Machado há muito tempo era usado como
área de lazer e até mesmo fonte de sustento para muitas famílias que habitavam
a região de São Gonçalo, Nossa Senhora Aparecida e Coxipó no município de
Cuiabá, Estado de Mato Grosso.
Hoje esta realidade mudou, pois, com o avanço do
crescimento imobiliário, comércial e indústrial, Córregos como o Machado antes
preservados agora se transformam e depósito de esgoto e lixo.
O Córrego Machado esta sendo usado como depósito
de lixo e esgoto, isso é fato, tanto o poder publico como toda a sociedade de
uma forma geral, simplesmente ignoram a proteção dessas águas, contribuindo
para destruição do córrego, simplesmente ignoram e fecham os olhos para a
manutenção e preservação dessas fontes, uma vez que não há um planejamento
eficaz em relação à instalação de rede de esgoto pelo poder publico, assim
como, os moradores da região não colaboram, fazendo do córrego um depósito de
entulho e lixo.
Vale destacar que apenas 30% da população
cuiabana é servida de rede de tratamento de esgoto, desta forma os
dejetos são depositados in natura no leito de rios e córregos espalhados por Cuiabá,
assim como acontece no Córrego Machado.
Lixo doméstico, entulhos e até animais mortos são
encontrados todos os dias ao logo do curso do Córrego, causando inundações no
período de chuva, doenças aos moradores da região, mau cheiro, mortandade da
ictiofauna local e contribuindo para a poluição do Pantanal mato-grossense, uma
vez que o referido córrego é contribuinte do Rio Cuiabá, que desagua no
Pantanal.
Acadêmicos do 1º Semestre de Engenharia Ambiental da
UNIC estiveram na Região do Bairro São Gonçalo entrevistando o Sr. Mario
Martins, morador na região a mais de 20 anos, que relata “Olha, não é mentira
não, não é mentira, eu bebia água daqui”, referindo-se as águas do Córrego Machado, que hoje esta em avançado estado de eutrofização e poluição.
Oscórregos
e rios da Grande Cuiabá necessitam de muito mais do que discursos políticos preservacionistas,
precisam de responsabilidade e ação efetiva com o meio ambiente, precisa de políticas
que atendam as questões ambientais, a saúde e ao saneamento básico para a
população. É fato, que assim como o Córrego Machado, outros rios e córregos de Cuiabá
estão entregues ao abandono, descaso e infelizmente fadados a “morte”!
Por: Cidilvan Barbosa, Elaine Lourenço, João Sebastião Neto, Josimar Firmino, Luiz Carlos Barbosa, Reginaldo Gomes Jorge e Willian da Silva Medeiros - Acadêmicos 1º Semestre de Engenharia Ambiental 2014 - UNIC.
Projeto de Aterro Sanitário de Chapada dos Guimarães-MT,
a exatamente um mês do prazo para entrega, não sai dos papéis e
alega falta de recursos.
Por
Felipe Assumpção e Larissa Neves.
Cuiabá-MT.
Lixão
– Chapada dos Guimarães-MT (Foto Panorâmica).
Em
2 de agosto de 2010, o Governo Federal promulgou a Política Nacional
de Resíduos Sólidos, (A
lei federal brasileira nº 12.305),que
determina que até final de Agosto de 2014 todos os municípios
brasileiros deveriam ter aterros sanitários regulares.
Com
o objetivo de acabar com os lixões no país, a
lei preconiza pela proteção da saúde pública e da qualidade
ambiental, e tem como objetivos a não geração, redução, reutilização, reciclagem
e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final
ambientalmente adequada dos rejeitos. Entretanto,
segundo estimativa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM),
a um mês do prazo, a meta não está nem próxima de ser cumprida. A
CNM, inclusive, já pediu ao governo a prorrogação do prazo do
Plano Nacional. Um estudo feito pela Associação Brasileira de
Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) mostra que 40% de
todo o lixo produzido no Brasil têm destino inadequado, e na cidade
de Chapada dos Guimarães-MT não é diferente, uma vez que o lixão
da cidade não possui tratamento ambiental, a decomposição dos
resíduos sólidos contaminam o solo e, consequentemente, lençóis
subterrâneos de água.
Fundada
em 1954, Chapada dos Guimarães é uma cidade de 18.000 habitantes,
com sua economia essencialmente
voltada para o turismo, tendo a natureza como seu principal trunfo. A
cidade tem vários atrativos turísticos: 46 sítios arqueológicos;
dois sítios paleontológicos; 59 nascentes; 487 cachoeiras; 3.300
km² de Parque Nacional; 2.518 km² de Área de Proteção Ambiental;
duas reservas estaduais; dois parques municipais; duas
estradas-parque; 157 km de paredões; 42 imóveis tombados pelo
Iphan; 38 espécies endêmicas. Além disso, o artesanato local é
uma das referências na cidade, com vários artesãos locais que
chegaram ou nasceram na cidade e, que ali, foram crescendo e vivendo
do artesanato, que é exposto em praça pública de terça-feira a
domingo para os habitantes e turistas. Existe um projeto de uma “Rua
do Artesanato”, que
visa criar um local específico para os artesãos, mas nada projetado
ainda. Além de todas estas opções, o município conta com o
turismo nos dias mais frios do ano, quando a temperatura pode
diferir-se até -2°C
para menos, da próxima capital Cuiabá.
Cachoeira Véu de Noiva –
Chapada dos Guimarães-MT.
Abaixo
estão listadas
as principais preocupações do lixão no município:
Doenças:
o
lixo que vai para lixões a céu aberto ou terrenos baldios produz
bactérias e fungos. Também atrai baratas, ratos, moscas, mosquitos,
entre outros. Esses animais podem transmitir doenças sérias, como
dengue, febre tifoide,
cólera, disenteria, peste bubônica e leishmaniose.
Chorume:
é
um líquido malcheiroso
que o lixo acumulado produz quando vai se decompondo, contém matéria
orgânica apodrecida e tem substâncias químicas e metais muito
tóxicos. O chorume contamina o solo e pode chegar aos lençóis
freáticos. É também dez vezes mais poluente que o esgoto.
Poluição
do ar: o
lixo – queimado ou não, produz gases como o gás metano e o gás
sulfídrico, esses gases poluem o ar e podem causar doenças
respiratórias. O lixo queimado produz gás carbônico.
As
irregularidades colocam em risco a saúde da população e dos
turistas. São imensas as montanhas de sacos plásticos, restos de
comida, móveis e lixo em geral acumulado no local. E, de acordo com
a coordenadora de gestão de resíduos sólidos da Secretaria
de Estado do Meio
Ambiente(SEMA),
Solange Cruz, um dos maiores perigos do lixão de Chapada é pelo
fato de estar próximo ao Parque Nacional, o que aumenta
os prejuízos ambientais do local.
A
Cidade de Chapada dos Guimarães conta atualmente com 20 cooperados,
sendo que três deles moram no lixão. Os trabalhadores enfrentam
diversos problemas como dificuldades de locomoção e condições
sofríveis de trabalho. Como o local não possui estrutura física, o
trabalho é feito a céu aberto, o que gera doenças como problemas
na coluna, lesão por esforço repetitivo, alergia, entre outros.
(Nenhum
catador foi encontrado para entrevistas).
Com essas consequências e com o município desprovido do aterro, o
Prefeito que não conseguiu se adaptar a Lei Federal teme entrar na
mira do Ministério Público a partir de agosto, ele pode ser
processado por Crime Ambiental.
Tem-se
conhecimento que a SEMA, através de estudos ambientais realizou um
projeto que foi entregue ao órgão responsável para a execução do
aterro sanitário no município, a prefeitura já obteve a licença,
porém até hoje a obra não foi iniciada. Tentamos uma entrevista
com o Prefeito
de Chapada dos Guimarães,
Sr.
José de Souza Neves,
mas não foi possível devido a seu afastamento. Conseguimos o
contato com o mesmo através de redes sociais e o pedimos que nos
esclarecesse os motivos pelos quais a obra não foi executada, e ele
nos respondeu prontamente: “Tenho
consciência do problema da falta de tratamento de lixo na cidade. Há
um projeto aprovado pelo governo de Mato Grosso para que o aterro
seja implantado. Porém, o município depende de recursos estaduais
para conseguir executá-lo, pois não há receita suficiente para que
a Prefeitura pague pela implantação do local.” José
de
Souza Neves,
Prefeito da cidade de Chapada dos Guimarães-MT.
Para
agravar a situação do local, próximo ao lixão de Chapada dos
Guimarães havia uma propriedade particular pertencente ao Governo,
invadida por grileiros. Para que essa invasão acontecesse, os
grileiros cometeram crimes ambientais como derrubada de árvores e
ocupação em local indevido, sendo essa uma área de reserva
ambiental.Após
o reconhecimento da invasão e com mandatos de derrubada, as casas
recém-construídas
foram demolidas. Assim, além do abandono da área degradada,
restaram-se muitos resíduos.
Lixão
– Chapada dos Guimarães-MT (Foto Aproximada).
(Pauta
da Redação)
Por
Felipe Assumpção.
Cuiabá-MT.
Campanha
para a preservação do Meio Ambiente
A
problemática
“Preservar
o Meio
Ambiente”
em Chapada dos Guimarães deveria ser um ponto primordial nas
discussões e decisões entre
a
Prefeitura e
o Governo
do Estado, tendo em vista a
necessidade eminente de preservação da natureza, já que é a
principal fonte de renda da cidade, e que
o estado se
favorece da mesma ao receber uma
visibilidade muito grande resultante da
procura dos turistas por belezas naturais, os problemas
ambientais
da cidade deveriam
ser sanados
com urgência.
Não
podemos aceitar que haja esse descaso com as nossas riquezas. O Mato
Grosso precisa investir mais em suas cidades turísticas, para que
elas possam oferecer uma melhor infraestrutura e conforto aos
turistas, com o objetivo de fomentar esse mercado, e virar
definitivamente rota turística pro mundo.
Há
nesse momento, uma necessidade imediata de consciência da sociedade
(incluso os que nos representam), para que ela possa reivindicar o
que lhe é de direito quando preciso, e para que ela faça a parte
dela, com suas ações diárias, quanto ao local de descarte do lixo,
reciclagem, etc.
Faça
a sua parte, dê sua contribuição diária para a preservação do
meio ambiente, e sempre que possível, reivindique que o estado
contribua com isso. A sua indignação, pode transformar a acomodação
de todos em mudança!
Essa
consciência podenos
proporcionar
benefícios imensuráveis em
breve!
Alunos: Felipe
Assumpção, Jéssica Sandrielem, Jucylaine Oliveira, Larissa Neves e
Luana Cristina - Acadêmicos 1º Semestre de Engenharia Ambiental
2014 - UNIC.